SNOOPY E CHARLIE BROWN - PEANUTS: O FILME








   A nostalgia dos anos 80 continua a invadir-nos as salas de cinema. Se este ano já tivemos o revivalismo de Poltergeist (numa nova roupagem), agora viramo-nos para a animação. E bem conseguida. Os peanuts estão de volta, desta vez ao cinema, e de uma forma mais contemporânea, mais digital. Mas a essência da história continua lá: aquela inocência, aquela candura digna de uma animação dos anos 80.
   Observamos 2 histórias: a de Snoopy, o beagle, fiel companheiro de Charlie Brown, que para salvar o seu amor tem que perseguir o terrível “Barão vermelho” e a de Charlie Brown, o eterno desastrado que ninguém dá o devido valor, em que vemos a chegada de uma nova vizinha à escola e derivado à sua timidez não consegue falar com ela. E para limpar a sua imagem tudo fará para lhe agradar. Será isso suficiente?
   O digital trouxe uma nova magia a estes bonecos baseados na banda desenhada de Charles Schulz. Capaz de fazer agradar tanto a crianças como aos pais, que relembram o tempo em que foram da idade deles, os Peanuts têm aquele ingrediente secreto que muita animação hoje em dia não tem. Os bonecos foram bem adaptados para o digital, as vozes estão bastante adequadas, o enredo é consistente, entretém bem, e no final fica aquela sensação que poderia haver mais. Será que haverá sequela?
   Temos aqui uma boa sugestão de natal para todos aqueles que querem levar as crianças nestas férias ao cinema. Bom entretenimento, nostalgia e originalidade são os ingredientes que fazem deste filme, uma película bastante agradável e culmina num ano de boas apostas na área da animação.



Classificação:3/5 estrelas

Lolo


    Voltamos à comédia francesa. E este filme traz uma certa sofisticação e ao mesmo simplicidade que o tornam muito especial. Ao nível do género esta é das melhores surpresas deste ano. Não só pelo elenco com grandes nomes do cinema francês como Julie Delpy (quem não se lembra dela na trilogia “Antes do amanhecer”) ou Dany Boon (uma das grandes surpresas da comédia “Bem-vindo ao norte”) mas também pelo enredo algo sui-generis e cómico ao mesmo tempo.
   Violette (Julie Delpy) é uma parisiense ligada à moda. Quarentona, encalhada no nível amoroso, até conhecer o simples Jean-René (Dany Boon), ligado à informática, que a faz mudar e lhe trazer uma alegria como há muito não tinha. Tudo isto poderia correr bem até Jean-René conhecer o filho de Violette, de 19 anos, Eloi (mais conhecido por Lolo), que tudo fará para estragar a relação de ambos. Será que conseguirá o seu objectivo?
   Este película é uma grande surpresa do fim deste ano. Temos um elenco muito competente, que nos faz rir muito naturalmente com umas piadas subtis e por vezes fáceis, mas mesmo assim cómicas. Tem uns pequenos toques dramáticos, que fazem muito sentido ao filme e que o tornam mais coerente e uma banda sonora adequada. A história acaba por ser, por vezes, um pouco previsível, com alguns clichés, mas o enredo em si faz-nos esquecer esse pormenor.
Mais uma vez temos um belo exemplo de que as comédias francesas vieram para ficar e cada vez com maior qualidade. E se em 2015 tivemos uma qualidade muito boa em 2016 esperamos que seja melhor. Este género veio para ficar. E este filme é prova disso mesmo.




Classificação:4/5 estrelas

Os coopers são o máximo


Natal que é natal não o seria sem aquelas típicas comédias familiares que nos falam sobre o espírito de paz, união e amizade nesta época tão propicia a isso. Esta pelicula traz-nos tudo isso. Com um elenco de luxo com nomes como: Diane Keaton, John Goodman ou Ed Helms.
A premissa é mágica: 2 matriarcas (Diane Keaton e John Goodman) encontram-se à beira do divórcio, mas decidem, antes de consumá-lo, reunir toda a família, como é tradição, para o último jantar de natal em conjunto. E neste filme acabamos por ter um mosaico de histórias, desde a filha que conhece um soldado e o faz passar por namorado num jantar até à tia que rouba para oferecer e acaba como detida. Temos uma série de histórias que acabam por ter um fim comum.
Temos uma razoável prestação coletiva, com um cenário tipicamente natalício, umas encantadoras canções de natal tocadas e cantadas por todo o elenco e uma história ao mesmo mágica como comovente.
Esta epopeia acaba por marcar o verdadeiro espirito natalício. Lembra-nos como são importantes os valores do amor, da amizade e da entreajuda. E sem precisar de grandes artifícios ou enormes clichés. Basta um grande elenco para termos um belo filme de natal.




                                                   Classificação:3/5 estrelas

A Última Noitada





Todos os natais temos aqueles típicos blockbusters que nos evocam a época. Claro que já não são, com a simplicidade e algumas temáticas, como eram os clássicos de antigamente como por exemplo “Sozinho em casa” e “Música no coração”. Mas mesmo assim este enquadra-se no género. Mas não passa disso mesmo um filme. Um filme de época. Tão depressa será visto como depois do natal será esquecido.

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